A primeira fase do constitucionalismo monárquico é dominada pela instabilidade político-social. Neste período constituíram-se apenas dois grandes partidos: o Partido Progressista Histórico e o Partido Regenerador, que asseguraram rotativamente o poder, numa aparente polarização desenvolvida sobretudo depois de 1856. Para a designação como chefe do governo prevalece a relação de proximidade que o titular tem com a Casa Real. Destacam-se o Marquês de Sá da Bandeira e o Duque de Loulé na década de 1860 e António José de Ávila e Fontes Pereira de Melo, na de 1870.
O sistema bipartidário é alterado substancialmente, a partir da década de 90, pelas crises e cisões nestes dois grandes partidos, na sequência do Ultimato britânico de 1890, segundo o qual Portugal era obrigado a renunciar a parte do seu território africano. Inicia-se uma segunda época do rotativismo em fevereiro de 1893, arrastando-se até maio de 1906, quando este ciclo é interrompido por D. Carlos com a nomeação de João Franco para liderar o executivo.